Um Programa para o Cálculo da Acurácia, Especificidade e Sensibilidade de Testes Médicos

Renato M.E. Sabbatini


Núcleo de Informática Biomédica da Universidade Estadual de Campinas
WWW: http://home.nib.unicamp.br/~sabbatin Email:renato@sabbatini.com.

Revista Informédica, 2 (12): 19-21, 1995.


Quando um novo teste diagnóstico é desenvolvido em Medicina, é necessário avaliar de forma objetiva o seu poder discriminativo em relação à doença ou condição a que se destina detectar[1]. Essa avaliação é fundamental, pois o parâmetro de desempenho mais comumente utilizado, que é a porcentagem de testes cuja discriminação foi realizada corretamente (parâmetro esse denominado de acurácia) não é suficiente para descrever completamente como o método de decisão se comporta em relação aos falso-positivos (pacientes que não tem a condição patológica, mas que o método de decisão aponta como tendo), e aos falso-negativos (o oposto do anterior). Evidentemente, um teste com boa acurácia, mas que produz um número inaceitável de falso-positivos ou falso-negativos, pode causar problemas.

O método mais comum para avaliação de decisões de testes médicos com dois resultados possíveis (como presença ou ausência de um anticorpo, por e-xemplo) é ilustrado na Figura 1.


Figura 1: Tabela 2 x 2 para o Cálculo de Medidas de Desempenho


Os resultados previstos pelo método diagnóstico são comparados com os resultados reais, obtidos por outro método mais preciso, e uma tabela de contingência de 2 x 2 é construída a partir das estatísticas de esperado/obtido: