Revista de Informatica Medica
Vol. 1 No. 2 Mar/Abr 1998
 
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Digitalizando Imagens 

Estou produzindo um artigo eletrônico que ficará disponível tanto em CD-ROM quanto na Internet. Minha dúvida é sobre como devo fazer para "escanear" as imagens para inclusão no artigo. 

As características técnicas desejadas para as imagens que serão apenas exibidas em tela de vídeo (seja pela Internet ou pelo CD-ROM) são semelhantes. No entanto, se as imagens também precisarão ser incluídas em programas de editoração eletrônica, como o PageMaker, para fins de produção impressa, os requisitos são muito mais exigentes. 

Existem três características que especificam o tipo e definição de uma imagem digital obtida em um "scanner" (aparelho de mão ou de mesa que converte uma fotografia, desenho ou outro tipo de imagem, em um arquivo digital para ser lido pelo computador - foto). A primeira é a sua resolução, medida em pixels (ou pontos de imagem) por polegada (d.p.i.). Para exibição em um monitor de vídeo SVGA normal, o mínimo deve ser 75 dpi, mas não precisa ser maior do que 100. Para impressão, deve ser no mínimo 300 dpi, mas o ideal é que seja 1.200 dpi, para impressoras profissionais. A segunda característica é o número de cores (a chamada "paleta" de cores utilizada na imagem). Pode ser de duas cores (preto e branco), para desenhos que não tem gradações de cinza, de 256 tonalidades de cinza ("grayscale") ou colorido. Neste caso, pode ter 16, 256, milhares ou milhões de cores. Para fotos coloridas, desenhos com degradé, etc., 256 cores é o suficiente para exibição em vídeo. Para impressão de alta qualidade, pode ser necessário especificar milhões de cores. Finalmente, a terceira característica é o formato do arquivo, que pode ser BMP (BitMap do Windows), TIF (Tagged Image Format), GIF (Graphic Image Format), JPEG e outros. Na Internet são usados o GIF e o JPEG, que são formatos comprimidos, ou seja, consegue-se uma redução média a grande do tamanho final da imagem, o que é importante para a velocidade de transmissão. Para CD-ROMs esses formatos funcionam bem tambem, mas é comum se utilizar o TIF. As imagens de BMP são grandes demais (não comprimidas). As imagens em GIF tem uma taxa de compressão própria, que não pode ser mudada, e só trabalham com 256 cores ou tonalidades de cinza. Já as imagens em JPG são as que têm maior versatilidade, pois o grau de compressão pode ser controlado entre 10 a 80 %, geralmente. Quanto maior o grau de compressão, pior fica a qualidade da imagem, pois é uma compressão com perda, ao contrário do GIF e do TIF. 
 
GIF 

10K

JPG
30% 

10K

JPG
60% 

7K

JPG
90% 

3K

Exemplos de imagens gravadas em formato GIF (compressão sem perda, imagem escaneada original), e JPEG (compressão com perda) de 30, 60 e 90%. Tamanho do arquivo resultante em kilobytes. Todas em 75 dpi.

A seleção do formato de imagem depende do seu tipo. Por exemplo, radiografias, tomografias e outras imagens médicas em preto e branco exigem "grayscale", resolução de 75 a 150 dpi, e formato GIF ou JPG de média ou alta qualidade (30 a 50 %). É necessário ter um scanner com kit de transparência (uma tampa com luz fluorescente) pois não fica bom escanear por reflexão, como se faz com fotos e desenhos. Para fotos de pacientes, lâminas microscópicas e patológicas, etc., usa-se apenas 75 dpi, com formato JPG de média ou baixa qualidade (principalmente se forem imagens muito grandes).Muitos programas de "scanner" permitem selecionar todos esses parâmetros independentemente. Outros têm características predifinidas, como o destino da imagem (tela, impressora laser, impressora colorida, Lintronic, etc.). Ao selecionar o destino você estará aceitando uma resolução padrão. Outro parâmetro importante é o tamanho da imagem, que pode (e deve) ser selecionado no momento de escanear. Selecione a porcentagem do tamanho real que for a mais próxima possível do tamanho que vai aparecer na publicação. Embora seja possível reduzir posteriormente, geralmente a qualidade diminui. 

Topo  Renato M.E. Sabbatini
 
© 1998 Renato M.E. Sabbatini
Núcleo de Informática Biomédica 
Universidade Estadual de Campinas 
Campinas, Brasil
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