6. Vídeos Médicos On-Line

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Os vídeocassetes de aprendizado e atualização já fazem parte do cenário da educação médica continuada há muitos anos. Práticos e fáceis de utilizar, foram incorporados às videotecas de centenas de associações médicas, faculdades e hospitais.

Agora. no entanto, a Internet em banda larga (alta velocidade), nos trouxe o vídeo digital, Ele é uma cópia de uma vita de vídeo comum, convertida para os "bits e bytes" da linguagem do computador. Desse modo, pode ser armazenado em um disco magnético, CD-ROM ou para transmissão pela Internet.

O que é necessário para colocar um vídeo na Internet? Afinal, a Internet tem uma velocidade de acesso notoriamente baixa (pelo menos no Brasil…). Os arquivos digitais de vídeo são imensos (tipicamente, 30 a 40 megabytes por minuto de vídeo). Se o usuário fosse esperar que todo o arquivo fosse descarregado em seu computador através da Internet, antes de poder assistí-lo, não existiria paciência capaz de resistir (sem falar no número de vezes que a ligação cairia, e no custo telefônico e de acesso envolvidos).

As videotecas digitais se tornaram viáveis apenas muito recentemente, por meio de uma invenção genial: as correntes de vídeo, ou vídeos de exibição contínua (em inglês: streaming video). Eles funcionam de uma forma muito simples: à medida em que são transmitidos pela Internet para o seu computador, um software especial já vai visualizando-o na tela. Afinal, essa é a maneira pela qual normalmente assistimos a um filme, não é? Do começo ao fim. Então, porque esperar que o arquivo inteiro chegue pela Internet antes de poder visualizá-lo?

O truque do streaming video é conseguir uma velocidade de transmissão pela Internet tão rápida, que permita ao usuário assistir ao vídeo à velocidade normal de 30 quadros por segundo, sem interrupções ou falhas; mesmo se você tiver uma conexão via modem apenas. A compactação permite reduzir um vídeo de 50 megabytes para 2 ou 3 megabytes apenas! Parece milagre, mas funciona.

Várias empresas desenvolveram sistemas de correntes de vídeo. Os padrões mais conhecidos são:

Todos são muito parecidos, mas precisam de plug-ins específicos para poder visualizar o video disponivel no servidor. Plug-in é um programa auxiliar que deve ser descarregado da Internet e instalado em seu navegador da Internet (Internet Explorer, por exemplo).

Neste capítulo vamos investigar o formato mais conhecido e difundido, o RealVideo

Como Utilizar o RealVideo

Existem atualmente milhares de sites na Internet que contém correntes de vídeo disponíveis utilizando a tecnologia do RealVideo. Os arquivos desse tipo tem a extensão.RM. Também funciona com transmissões em tempo real (um congresso, por exemplo). Quando o vídeo digital já foi gravado e está disponível em uma videoteca digital na Internet, esta tecnologia se denomina vídeo sob demanda.

O plug-in mais recente da RealVideo se chama RealOne, e serve tanto para áudio puro quanto para vídeo puro ou vídeo combinado com áudio. Você pode pegá-lo na Internet mesmo, de graça, através do site http://www.real.com. Vale a pena visitar este site, porque ele tem muitas demonstrações, que você pode usar para testar a instalação do seu plug-in, e catálogos, que permitem localizar rapidamente qualquer "estação de transmissão" existente na Internet, categorizada por assuntos. A instalação do "plug-in" é bastante fácil.

Bem, além disso, é óbvio, seu computador precisa ter capacidade multimídia, principalmente uma placa de som estéreo e alto-falantes, para que você possa ouvir a trilha sonora do vídeo.

 

Aplicações em Medicina

Existe muita coisa em RealVideo na área de entretenimento, canais comerciais e públicos de rádio e TV que resolveram colocar parte de sua programação na Internet, etc. Em medicina ainda existe relativamente pouca coisa, mas está crescendo rapidamente. Podemos prever o dia em que existirão dezenas de canais médicos pagos, semelhantes aos "pay-per-view" da TV a cabo, que exibirão aulas em vídeo o dia todo, sobre os mais diversos assuntos médicos, e que disponibilizarão esses vídeos em gigantescas videotecas sob demanda. A Internet ainda está lenta para objetivos tão ambiciosos, mas a implementação da Internet 2 pelo governo americano (que deverá ser seguido rapidamente pelos demais países, inclusive o Brasil) permitirá atingir niveis fantásticos de velocidade (500 vezes maior do que as atuais, em média!).

Apesar dos impecilhos, muitos centros pioneiros estão investindo nessa tecnologia, mesmo sem retorno, e disponibilizando gratuitamente videotecas médicas (veja o box ao final do artigo com algumas sugestões). As faculdades de medicina e hospitais-escola serão os grandes fornecedores de informação desse tipo, beneficiando a todos.

Onde localizar fontes de video sob demanda e ao vivo na Internet? Veja os endereços abaixo. Já existem também mecanismos de busca apenas para vídeo e áudio. Algumas boas dicas:

Conclusões

O vídeo e o áudio em tempo real pela Internet já são realidades disponíveis. Embora a resolução, tamanho e qualidade da exibição de vídeo ainda esteja longe de se igualar ao de um videocassete, é apenas uma questão de tempo para que o avanço tecnológico viabilize a videoteca médica on-line como uma realidade irreversível.
  

Endereços na Internet

The Stanford Health Library: http://healthlibrary.stanford.edu/resources/videos.html

Conexão Médica: http://www.conexaomedica.com.br

MedBroacast: http://www.medbroadcast.com/video_ani/

Exercício 6.1

Utilizando o site MedBroadcast.com. localize videos e animações gráficas sobre câncer do seio, e como fazer o auto exame das mamas (passo a passo). Instale o plug-in do RealMedia em seu navegador, se ainda não tem, e visualize o filme, selecionando antes o tipo e a velocidade de sua conexão. Mande para o email do professor um pequeno resumo do que ele contém.